

Como as decisões sobre a guarda impactam na vida das crianças e adolescentes
As decisões sobre a guarda de crianças e adolescentes têm um impacto direto e profundo no bem-estar e desenvolvimento deles. Quando os pais se separam, é importante definir com quem a criança vai morar e como será o convívio com o outro genitor. Existem dois tipos principais de guarda: a guarda unilateral, em que a criança vive com um dos pais, e a guarda compartilhada, em que ambos os pais dividem as responsabilidades e o tempo de convivência com o filho.
A guarda compartilhada, muito incentivada atualmente, busca manter o convívio equilibrado entre os pais. Isso é importante porque crianças e adolescentes tendem a se sentir mais seguros e estáveis quando têm contato frequente com ambos. Essa convivência ajuda a preservar laços afetivos, contribui para o desenvolvimento emocional saudável e evita que um dos pais se distancie da vida do filho.
Por outro lado, decisões mal pensadas sobre a guarda, como impedir o convívio com um dos pais podem gerar sentimentos de abandono, insegurança e até problemas emocionais e comportamentais. O diálogo e o bem-estar da criança devem sempre ser o centro dessas decisões, pois o objetivo final é garantir um ambiente amoroso, seguro e acolhedor para que ela cresça de forma saudável e equilibrada.
Como agir em caso de impedimento de convívio
Em caso de impedimento de convívio entre um dos pais e a criança ou adolescente, é fundamental agir com cautela, buscando garantir os direitos da criança e preservar seu bem-estar. Aqui estão algumas medidas a serem tomadas:
1. Tente o Diálogo
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Antes de qualquer ação judicial, tente conversar com o outro responsável. O diálogo aberto pode resolver muitos conflitos sem necessidade de recorrer à Justiça. Explicar os impactos negativos do impedimento de convívio para a criança pode ajudar a sensibilizar o outro lado.
2. Busque Mediação Familiar
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Se o diálogo direto não funcionar, considere buscar uma mediação familiar. Esse processo é conduzido por um mediador, que auxilia as partes a chegarem a um acordo de forma amigável e sem litigância. É uma alternativa menos desgastante e mais rápida.
3. Ação Judicial (Cumprimento de Decisão de Guarda ou Visitas)
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Se o impedimento persistir, é possível entrar com uma ação judicial. Se já houver uma decisão judicial sobre guarda e visitas, pode-se solicitar o cumprimento da decisão. O juiz poderá exigir que o genitor que está impedindo o convívio siga as regras estabelecidas sob pena de multas, restrições ou, em casos mais graves, reversão da guarda.
4. Proteja o Interesse da Criança
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Se o motivo alegado para o impedimento for real e envolva situações de risco à segurança da criança (como violência ou abuso), é importante garantir que isso seja avaliado pela Justiça. Nesse caso, o foco deve ser proteger a integridade física e emocional da criança, com uma análise criteriosa do que está acontecendo.
5. Busca de Aconselhamento Psicológico
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Em casos de conflitos de guarda e impedimento de convívio, é aconselhável buscar apoio psicológico para a criança e para os pais. O acompanhamento profissional pode ajudar a minimizar os impactos emocionais causados pela situação.
6. Alienação Parental
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Se o impedimento de convívio estiver associado a alienação parental, quando um dos pais interfere na relação da criança com o outro genitor de forma injustificada, é possível solicitar judicialmente uma avaliação psicossocial. A alienação parental é considerada prejudicial ao desenvolvimento da criança e pode resultar em penalidades para o responsável que a pratica.
Garantir o direito ao convívio é fundamental para o desenvolvimento equilibrado da criança, e o melhor caminho, sempre que possível, é encontrar soluções que mantenham o diálogo e o respeito entre os pais.